“A contribuição do trigo no resultado da propriedade rural” foi tema da Live promovida na noite de 12 de maio pela Van Ass Sementes, com o objetivo de aprimorar o conhecimento dos produtores rurais em relação à produtividade e lucratividade do trigo.
Carlos Fiorin, engenheiro agrônomo, coordenador da Assessoria do Grupo Agros, que atua no mercado há 34 anos na área de gestão, com ênfase em produção agrícola, foi o palestrante.
Durante a palestra, Carlos apresentou um comparativo entre a produtividade da Agros e do Estado do RS, mostrando que para obter mais produtividade é preciso levar em conta as questões técnicas e o gerenciamento da lavoura em diversos aspectos, como genética, manejo de adubação, quando este é feito pensando no sistema, que se refere em dividir a adubação em duas partes, uma no inverno e a outra no verão o que contribui para melhorar a fertilidade do solo.
Outro aspecto abordado foi a interação trigo e soja. Nas últimas análises da Agros foi possível observar que realizar o plantio de soja logo após o trigo, não causa perdas de produtividade na cultura da soja, na média das últimas 8 safras.
Os custos diretos, insumos, e outros diretos, como financiamento, assistência técnica, diesel para plantar e colher, e os custos fixos da propriedade como o arrendamento, devem ser analisados. A recomendação, segundo o agrônomo, é que os cortes em custos não sejam em insumos, porque estes estão ligados à produtividade. Se necessário, é preciso rever os demais custos como mão de obra, juros, diesel e manutenção, sobre os quais não se tem o controle mais efetivo.
Também é importante contar com outras alternativas que contribuem para manter o sistema, como agregar outras culturas de inverno, bem como a pecuária, para contribuir no pagamento dos custos fixos.
A análise de sensibilidade por hectare, que inclui produtividade, preço, receita, custo direto e margem bruta, deve ser prevista e estar atenta aos períodos de comercialização os quais podem melhorar esta margem.
Quanto aos benefícios do trigo no sistema de produção, Carlos destacou cultura com valor agregado no inverno, sinergismo entre sucessão trigo-soja com ganho sobre o rendimento, efetividade no controle de plantas daninhas, conservação do solo, melhoria das características físicas e químicas do solo, melhora do aporte nutricional para a cultura subsequente e redução da ociosidade da propriedade.
Segundo ele, o que torna o Grupo Agros e as propriedades diferentes, é o foco na produtividade, que dá garantia de obter uma margem positiva na cultura do trigo, além de buscar uma melhor lucratividade do negócio, revendo os custos. Também ressalta que é importante pensar na longevidade, que é o resultado da produtividade e da lucratividade, o que vai manter a propriedade para as próximas gerações.
O diretor da Van Ass Sementes, Alexandre Van Ass, agradeceu a participação do engenheiro Carlos, da Agros, e ressaltou que a empresa, que sempre se preocupou em levar o conhecimento para seus clientes, também buscou alternativas para levar a informação nesse período de pandemia: “Essa é a nossa primeira Live e trouxemos o tema trigo, pois logo estaremos implantando as lavouras e nada mais oportuno que trazer subsídios relevantes para refletirmos sobre o plantio”.